keyboard_backspace

Página Inicial

Sem categoria

Balneário Piçarras registra primeiro caso de dengue

População precisa se engajar na prevenção para evitar epidemia

X
Siga-nos no google-news

Programa de Combate à Dengue da Secretaria de Saúde de Balneário Piçarras confirmou nesta quarta-feira, 3, que o município registrou seu primeiro caso de dengue. Este é o primeiro caso autóctone – Local Provável de Infecção (LPI) – registrado na cidade e foi confirmado em uma moradora de 65 anos do bairro Itacolomi.

“É uma paciente que não viajou nos últimos meses ou que teve contato com qualquer pessoa de outra cidade. Por conta disso, o diagnóstico final foi de que ela contraiu a doença em Balneário Piçarras”, explicou o coordenador do Programa, André Ladewig. As ações de bloqueio, que consistem na aplicação de larvicida num raio de 300 metros das residências dos casos e busca ativa de focos de larvas do inseto na região, foram realizadas.

“Mas nada de anormal foi encontrado. É o bairro com o menor número de focos do mosquito Aedes Aegypti. Para nós, da Vigilância, esse diagnóstico autóctone foi uma completa surpresa”, reforçou André. No primeiro semestre, Balneário Piçarras registrou 144 focos positivos do mosquito transmissor da zika, a chikungunya e dengue. Em 2018, foram 60 focos ao longo de todo o ano.

De acordo com a secretária de Saúde, Bruna Emanuela Machado, a paciente com a doença recebeu o tratamento necessário e não corre qualquer risco adicional. A confirmação do caso autóctone veio após seu diagnóstico na Unidade Básica de Saúde e exames complementares analisados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), da Secretaria de Estado da Saúde.

No Estado, a Dive/SC vem registrando um aumento dos casos autóctones. De acordo com o gerente de Zoonoses, João Fuck, esse aumento no número de casos autóctones em SC se deve, principalmente, às condições favoráveis para a proliferação do mosquito: calor e chuva. “Mais uma vez reforçamos que a população precisa ajudar no controle dos focos do mosquito. Recipientes que podem conter água precisam ser vistoriados e eliminados corretamente. Importante também observar a vedação das caixas da água e manter as calhas limpas”, alerta.

SOBRE A DENGUE

Dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Normalmente, a primeira manifestação é a febre alta (39 °C a 40 °C) de início abrupto, que tem duração de 2 a 7 dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Com a diminuição da febre, entre o 3º e o 7º dia do início da doença, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente, com melhora do estado geral e retorno do apetite. No entanto, alguns pacientes podem evoluir para a forma grave da doença, caracterizada pelo aparecimento de sinais de alarme, que podem indicar o deterioramento clínico do paciente.

Na presença de sinais e sintomas, o paciente deve se dirigir imediatamente ao serviço de saúde e, caso já tenha sido atendido antes, deve retornar. Pessoas que estiveram, nos últimos 14 dias, numa cidade com a presença do Aedes aegypti ou com a transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico e tratamento adequados.

CIDADE VIGILANTE

Ações informativas e de limpeza já foram realizadas nos bairros Nossa Senhora da Paz, Centro e Santo Antônio. Toneladas de lixo foram retirados – principalmente pneus. “Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance. Elevamos o número de agentes endêmicos, mutirões e ações de conscientização, mas também precisamos contar com o apoio da população”, pediu a secretária de Saúde. Semanalmente, os agentes endêmicos vistoriam as 219 armadilhas estratégicas do Programa – além de residências, comércios e regiões estratégicas.

PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO

“A água parada é a principal fonte para o surgimento das larvas do Aedes. Pedimos que à população, principalmente em suas residências, fiquem atentas a locais que possam reservar água”, solicitou André. Os locais mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.

De acordo com a secretária de Saúde, Bruna Emanuela Machado, é preciso que todos estejam engajados na prevenção. “A palavra prevenção é principal termo dentro da campanha de combate ao Aedes. Precisamos estar unidos para que Balneário Piçarras se mantenha livre o mosquito transmissor da doença”, reforçou a secretária de Saúde.

Sobre o autor:
Redação
Redação ClicSC
Clicsc é um portal com notícias e reportagens sobre o dia a dia de Santa Catarina fundado em 2017.

Mais notícias

Saúde

Outono saudável: atacarejo oferece variedade de frutas, legumes e verduras frescas 

Rede Fort Atacadista abastece lojas com itens frescos todas as semanas

Segurança

Médico morre após grave acidente na BR-282 no Oeste de SC

Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta quarta-feira (24)