Enxadrista de Penha participa de Campeonato Brasileiro neste final de semana

Quem participa das aulas do professor de xadrez Michael da Costa pode não suspeitar, mas todo seu aprendizado veio de esforço próprio e partidas amadoras com amigos. Com 37 anos e desses 13 dedicados a prática enxadrista, ele colocará à prova seu conhecimento no próximo Campeonato Brasileiro Amador de Xadrez, que acontece em São Paulo nos dias 20 a 23 de junho.

Os 3 primeiros colocados ganharão o título de Mestre Nacional conforme as categorias do campeonato, sendo 1600, 1800, 2000 e 2200. “Esses são os níveis de força do atleta, como não tenho pontuação vou jogar na 1600 que é a mais baixa”, explica. No amador a premiação para os três primeiros colocados são: o Título de Mestre Nacional + R$600 + 1 troféu para o campeão; Título de Mestre + R$450 para o vice-campeão; e Título de Mestre + R$350 para o terceiro lugar.

Em treinos locais ocorridos em São Bento do Sul, Michael conseguiu vencer três partidas com jogadores de pontuação acima de 2002 de rating, dando ânimo para enfrentar jogadores mais fortes. A partir da classificação, os dois primeiros colocados de cada categoria disputaram a Semifinal do Campeonato Brasileiro Absoluto, conforme regras dos torneios de xadrez.

“Sou apaixonado pelo que faço, quando perguntam no que trabalho, digo que minha paixão está no esporte, em ensinar e dar possibilidades para quem, assim como eu, não tem ou teve incentivo durante a vida”, comenta.

O trabalho que realiza há mais de um ano como professor de xadrez em escolas de Penha o ajudou a aperfeiçoar conceitos básicos da jogabilidade e a abrir caminho para competições de alto nível. Hoje o esporte oferecido no município, por meio de aulas diárias contam com mais de 15 modalidades, permitindo as crianças muitas chances de se identificar com alguma categoria.

Antes de planejar a viagem teve dificuldades em conseguir o patrocínio necessário para custear alimentação e estadia. Do que foi possível arrecadar através da Selaria Faísca, houve despesas tiradas do próprio bolso para inscrição e passagens. “Os valores de premiação são baixos, estou indo mais pela chance de intercâmbio com enxadristas brasileiros e a possibilidade de nos representar lá fora”, finaliza Michael.